Messieurs, Je pose ma candidature à l’Académie Balzac même si je ne maîtrise pas parfaitement la magnifique langue française - bien que je vénère des auteurs comme Victor Hugo, Honoré de Balzac et Baudelaire. Pourquoi est-ce que je mérite de participer à la Journée du Manuscrit ? Parce que je suis authentique, d’une spontanéité originale et que, par-dessus tout, je considère l’acte d’écrire comme un sacerdoce légitime. Considérant la diversité des cultures comme une condition essentielle à l’évolution humaine, je crois qu’une Brésilienne comme moi pourra apporter une vision particulièrement originale et marquante au livre que nous allons écrire au château. Nous y trouverons différents points de vue sur l’Humanité. Je veux être partie prenante de cette inégalable et séductrice Tour de Babel moderne. J'ai plus de 7000 amis sur les réseaux sociaux, et des lecteurs aux quatre coins du monde qui, chaque jour, m’ont soutenue et aidée dans le cadre de ce concours. Je peux me vanter d’être connue dans tous les continents et, en plus de ma campagne intensive sur Internet, de la distribution de prospectus dans les lieux les plus variés, on commence à voir apparaître des entretiens à mon sujet dans les médias brésiliens. C’est aussi un fait qu’au Brésil, mes actions et mes publications au quotidien commencent à faire connaître l’Académie Balzac Poétesse, je me vois aussi comme une rêveuse compulsive et idéaliste par nature. Bien que brésilienne, et vivant à Rio de Janeiro toute l’année, mon pays est l’univers, chaque être un frère, chaque cœur un morceau de moi-même. Maintenant je vois l’existence – dans sa diversité multiple et incommensurable – comme un luxuriant arc-en-ciel sans fin, mais cela n’a pas toujours été le cas… Fille d’un tailleur et d’une tisserande, je suis née dans la maison de mes grands-parents – dans des conditions extrêmement précaires – lors d’un accouchement quasi bestial, dans un foyer très humble. Dans la chambre voisine de celle où je voyais pour la première fois la lumière de ce monde, gisait ma grand-mère paternelle (presque cinquante ans ont passé et, encore aujourd’hui, je me sens une véritable sauvage)… Comme les difficultés s’accumulaient, nous avons déménagé pour “la grande ville”, profitant de la cabine d’un camion dans laquelle nous nous sommes entassés : mon père, ma mère, moi et deux autres soeurs. Cinq pauvres âmes du village jetées, par le destin, vers la Ville Merveilleuse. Nous avons grandi, survivant dans une banlieue de Rio de Janeiro, obligés de charrier des bidons d’eau sur la tête si nous voulions prendre un bain tous les jours. Par un matin d’été – où la température devait avoisiner les 40 degrés – je me suis levée pour aller à l’école et je suis tombée en prenant mon bain. J’avais neuf ans et le crâne fracturé. Outre le traumatisme, les séquelles en furent une cruelle migraine et les effets secondaires des médicaments que je devais prendre pour soulager la douleur. Cela aura dévasté toute ma vie, mais comme chaque médaille a deux côtés, après l’accident, j’ai commencé à écrire… Je ne me suis plus arrêtée. J’ai écrit plus de 2000 poèmes, un recueil de nouvelles et j’ai un roman en cours. J’ai participé à 28 anthologies littéraires et j’ai publié deux livres. Le premier,« Raccourci vers le Banquet », est sorti à Rio de Janeiro en 2011, lors de la XV Foire Internationale du Livre, et le second, « La Musique des Etoiles », au Portugal en 2012. Ce pays m’a accueilli d’une façon inoubliable, et j’y ai effectué une tournée de plus de trente spectacles. J’ai recueilli bien des lauriers au cours de ce périple, mais rien de comparable à l’émotion sublime, à la douce récompense, de percevoir les sensations suscitées dans tous les cœurs après un récital. J’adore déclamer, être sur scène, semant des rimes d’amour, d’espoir et de fraternité. Merci par avance, Carmen Cardin Senhores, Concorro à Academia Balzac embora eu não seja fluente na magnífica língua francesa – ainda que eu tenha uma real veneração a autores como Victor Hugo, Honoré de Balzac e Baudelaire - por que mereço participar da Jornada do Manuscrito? Porque sou autêntica, originalmente espontânea e, acima de tudo, considero o ato de escrever um legítimo sacerdócio. Por considerar a variedade de culturas um quesito essencial à evolução humana, creio que uma brasileira como eu, poderá acrescentar uma visão tipicamente peculiar e marcante ao livro que iremos escrever no castelo. Lá estarão diversas visões sobre a Humanidade. Inegavelmente será uma sedutora Torre de Babel da atualidade, da qual eu quero fazer parte. Tenho mais de 7000 amigos nas redes sociais, cultivando leitores nos quatro cantos do mundo os quais, diariamente, me tem apoiado e auxiliado nesse concurso. Tenho alardeado o mesmo a todos os continentes e, além da minha intensiva campanha na internet, distribuição de flyers, distribuídos nos mais diferenciados locais e começam a surgir entrevistas minhas na comunicação social brasileira. É verdade, no Brasil está-se a falar da conhecer a Academia Balzac, através das minhas partilhas quotidianas e publicações. Revejo-me como um sonhadora compulsiva e idealista por natureza, além de poetisa. Embora sendo brasileira, habitando ano Rio de Janeiro, a minha pátria é o Universo, cada ser um irmão, cada coração um pedaço de mim mesma. Atualmente, enxergo a existência – em sua múltipla e imensurável diversidade - como um exuberante e infinito arco-íris, mas nem sempre foi assim… Nasci em casa de meus avós – em condições extremamente precárias – de um parto quase selvagem, em um lar muito humilde, filha de um alfaiate e uma tecelã. No quarto ao lado de onde eu via, pela primeira vez a luz desse mundo, minha vó paterna jazia (Quase cinquenta anos se passaram e, ainda hoje, considero-me uma completa selvagem)… Como as dificuldades se avolumavam, mudamo-nos para a “cidade grande”, na boléia de um caminhão: meu pai, minha mãe, eu e mais duas irmãs. Cinco almas da aldeia atiradas, pelo destino, à Cidade Maravilhosa. Crescemos, a sobreviver em um subúrbio carioca, a carregar uma “lata-dágua na cabeça”, se quiséssemos garantir um banho diário. Em uma manhã de verão - em que a temperatura certamente atingiria os 40 graus - levantei-me para ir à escola e, ao banho, sofri uma queda. Eu tinha nove anos de idade e um crânio fraturado. As sequelas foram, além do traumatismo, uma cruel “enxaqueca” e os efeitos colaterais dos medicamentos que eu necessitava tomar para amenizar a dor. Isso me avassalou a vida inteira, mas como toda moeda tem duas faces, após o acidente comecei a escrever... Não parei mais. Tenho mais de 2000 poemas escritos, um livro de contos e um romance em andamento. Já participei em 28 antologias literárias, tenho dois livros editados, sendo o primeiro, “Atalho Para O Banquete”, lançado na XV Bienal Internacional do Livro em 2011, no Rio de Janeiro e “A Música das Estrelas”, lançado em Portugal em 2012, país este que me recebeu de maneira inesquecível, onde fiz uma digressão com mais de 30 apresentações. Os louros colhidos nessa trajetória existem, mas em nada se comparam à sublime emoção, à grata recompensa, de perceber as sensações despertadas em cada coração, após um recital. Adoro declamar, estar em um palco, a versejar sementes de amor, esperança e fraternidade. Desde já, muito obrigada! Luz e Paz aos corações!
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